Ele
era um jovem que morava no Centro-Oeste dos Estados Unidos. Por ser
filho de um domador de cavalos, tinha uma vida quase nômade, mas
desejava estudar.
Perseguia o ideal da cultura.
Perseguia o ideal da cultura.
Dormia
nas estrebarias, trabalhava os animais fogosos e, nos intervalos, à
noite, procurava a escola para iluminar a sua inteligência.
Em
uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu à classe que cada
aluno relatasse o seu sonho. O que desejariam para suas vidas.
O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu sete páginas.
Desejava,
no futuro, possuir uma área de oitenta hectares e morar numa enorme
casa de quatrocentos metros quadrados. Desejava ter uma família muito
bem constituída. Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu, mas
desenhou como ele sonhava a casa, as cocheiras, os currais, o pomar.
Tudo nos mínimos detalhes.
Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando, ansioso, as palavras de elogio do seu mestre.
Contudo, três dias depois, o trabalho lhe foi devolvido com uma nota sofrível.
Depois da aula, o professor o procurou e falou: O
seu é um sonho absurdo. Imagine, você é filho de um domador de cavalos.
Você será um simples domador de cavalos. Escreva uma outra realidade e
eu lhe darei uma nota melhor.
O jovem foi para casa muito triste e contou ao pai o que havia acontecido. Depois de ouvi-lo, com calma, o pai lhe afirmou:
O sonho é seu. Você faça o que quiser. Essa decisão é sua. Persistir neste sonho ou procurar outro.
O
jovem meditou e, no dia seguinte, entregou a mesma página ao professor.
Disse-lhe que ficaria com a nota ruim mas não abandonaria o seu sonho.
* * *
Esta história foi contada pelo dono de um rancho de oitenta hectares, próximo de um colégio famoso dos Estados Unidos.
O local é emprestado para crianças pobres passarem os fins de semana.
Depois de terminar a história, o dono do rancho se apresentou como o jovem que teve a nota ruim, mas não desistiu do seu sonho.
E o mais incrível é que aquele professor, trinta anos depois, tem visitado, com os seus alunos, aquela área especial.
Naturalmente, ele identificou no proprietário o antigo aluno e confessou: Fico
feliz que o seu sonho tenha escapado da minha inveja. Naquela época eu
era um atormentado. Tinha inveja das pessoas sonhadoras. Destruí muitas
vidas. Roubei o sonho de muitos jovens idealistas. Graças a Deus, não
consegui destruir o seu sonho, que faz bem a tantas pessoas.
* * *
Sonhar
é da natureza humana. Tudo o que existe no mundo, um dia foi elaborado,
pensado e meditado por alguém, antes de ser concretizado em cimento,
mármore, madeira ou papel.
Martin Luther King Jr. teve um sonho de paz entre negros e brancos. Pelo seu sonho, deu a vida.
Mahatma Gandhi teve um sonho de não violência. Deu a vida por seu sonho.
Se
você tem capacidade de sonhar o bem, persista na ideia e a concretize.
Podem ser necessários anos para que se realize um sonho, mas, o que são
alguns anos diante da eternidade que aguarda o Espírito imortal?
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 55, do livro Para sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista,
ed. Minas.
ed. Minas.
Em 16.10.2014.
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